Perfuração Antes de iniciar a perfuração, utiliza-se o compasso centrado no piquete para delinear o perímetro do tubo no solo. Em seguida, posiciona-se o equipamento com o tubo sobre o perímetro delineado para evitar excentricidades. A perfuração em solo é realizada por rotação de tubos com auxílio de circulação de água, que é injetada pelo interior deles e retorna à superfície pela face externa, sendo que estes tubos vão sendo rosqueados à medida que a perfuração avança. Durante a perfuração, para diminuir o atrito entre o revestimento e o solo, é disposto na parte inferior do revestimento uma sapata de perfuração com diâmetro ligeiramente maior. Os detritos resultantes deste processo são carreados para a superfície pela água de perfuração, que é obrigada a retornar através do interstício anelar que se forma entre o revestimento e o terreno. Portanto, o diâmetro acabado da estaca é sempre maior que o diâmetro externo do seu revestimento, conforme se destaca na Tabela 9. Caso seja encontrado material resistente (concreto, matacões ou rocha), a perfuração pode prosseguir com uma coroa diamantada ou, o que é mais comum, com o uso de martelo de fundo. Neste caso, a perfuração é prosseguida por dentro do revestimento, causando uma diminuição do diâmetro da estaca, que deve ser considerada no dimensionamento. |
Limpeza de Furo Após a perfuração atingir a cota de projeto, continua-se a injetar água sem avançar a perfuração, promovendo a limpeza do furo. |
Instalação da Armadura A armadura pode ser constante ou variável ao longo do fuste, sendo geralmente constituída por barras de aço montadas em gaiola. Nas estacas trabalhando à compressão, as emendas das barras podem ser feitas por simples transpasse. Porém, nas estacas trabalhando à tração, as emendas devem ser feitas por soldas, por meio de luvas rosqueadas ou por luvas prensadas. |
Preenchimento com argamassa Depois de instalada a armadura, é introduzido o tubo de injeção até o final da perfuração para proceder à injeção, de baixo para cima, até que a argamassa extravase pela boca do tubo de revestimento, garantindo-se assim que a água ou a lama de perfuração seja substituída pela argamassa. O traço normalmente utilizado contém 80 litros de areia para 1 saco de 50 Kg de cimento e 20 a 25 litros de água, o que confere à argamassa uma resistência característica superior a 20 MPa e atende ao consumo mínimo de cimento conforme ABNT – NBR 6122:2010. |
Retirada do revestimento Completado o preenchimento da argamassa, é rosqueado, na extremidade superior do revestimento, um tampão metálico ligado a um compressor para permitir a aplicação de golpes de ar comprimido durante a extração do revestimento, atividade esta que é auxiliada pela perfuratriz ou macaco hidráulico. |
Estacas Raiz
O procedimento foi patenteado por Lizzi, na Itália, na metade da década de 50, sob a denominação de “pali radice”. Originalmente, essas estacas foram concebidas para reforço de fundações e melhoramento de solos, passando na década de 70 a ser utilizada também como elemento de fundação para obras novas. É uma estaca moldada "in loco”, de elevada tensão de trabalho do fuste, que é constituído de argamassa de areia e cimento injetado sob baixa pressão e é inteiramente armado ao longo de todo o seu comprimento. Pode ser executada em direção vertical ou inclinada e pode atravessar com a utilização de equipamentos especiais (tricone, sapata diamantada, martelo de fundo) alvenarias, concreto armado, rochas ou matacões.
Metodologia Executiva
As fases de execução de uma estaca tipo raiz são ilustradas na Figura 3:
Projetos Realizados
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