Estacas Hélice Contínua Monitorada
Apesar de largamente difundidos nos Estados Unidos e Europa, os equipamentos de perfuração de estacas tipo hélice contínua monitorada só chegaram ao Brasil na década de 90. |
Estacas escavadas sem fluído
Os equipamentos utilizados para execução deste tipo de estaca surgiram na década de 60. Com a mecanização do processo, a escavação manual destas fundações ficou pouco competitiva em determinadas condições como, por exemplo, nos casos em que o tempo de execução é fator preponderante. A estaca escavada é de concreto moldada “in loco”, executada por meio de hélice segmentada introduzida no terreno por giro até perfurar-se uma extensão igual ao comprimento do trado (até 2 metros). Em seguida, retira-se a mesma cheia de solo, o qual é removido das hélices por giro reverso. Este procedimento é repetido até atingir a profundidade prevista em projeto. Após atingir a profundidade de projeto, coloca-se a armadura e realiza-se a concretagem.
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Estacas Raiz
O procedimento foi patenteado por Lizzi, na Itália, na metade da década de 50, sob a denominação de “pali radice”. Originalmente, essas estacas foram concebidas para reforço de fundações e melhoramento de solos, passando na década de 70 a ser utilizada também como elemento de fundação para obras novas. É uma estaca moldada "in loco”, de elevada tensão de trabalho do fuste, que é constituído de argamassa de areia e cimento injetado sob baixa pressão e é inteiramente armado ao longo de todo o seu comprimento. Pode ser executada em direção vertical ou inclinada e pode atravessar com a utilização de equipamentos especiais (tricone, sapata diamantada, martelo de fundo) alvenarias, concreto armado, rochas ou matacões. |
Estacas Cravadas
As estacas pré-fabricadas caracterizam-se por serem cravadas no terreno por percussão, prensagem ou vibração e por fazerem parte do grupo denominado de estacas de deslocamento. No Brasil, o sistema de cravação por percussão é o que predomina. As estacas pré-moldadas podem ser constituídas por diversos elementos estruturais, como concreto armado ou protendido, metálicos ou de aço, madeira, etc. Conforme a ABNT - NBR 6122:2010, a estaca metálica ou de aço é um elemento estrutural produzido industrialmente, podendo ser constituído por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos (com ou sem costura) e trilhos. Já a estaca pré-moldada de concreto pode ser de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma geométrica da seção transversal.
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Tirantes
São elementos sub-horizontais ou verticais utilizados para auxiliar na contenção de taludes ou lajes de subpressão. São compostos por um elemento resistente à tração (cordoalhas, fios ou barras de aço), que é introduzido dentro de uma perfuração, sendo esta preenchida com calda de cimento. O tirante é um dispositivo capaz de transmitir esforços de tração aplicáveis a uma região resistente do terreno. |
Grampos
O grampo consiste em um elemento resistente à tração, posicionado com uma pequena inclinação, em geral de 5º a 15º com a horizontal, introduzido no maciço através de um pré-furo e preenchido com injeção de calda de cimento, que é executada mediante utilização da tecnologia de tirantes injetados em múltiplos estágios com auxílio de um tubo manchetado. A utilização de elementos passivos para reforços de solos vem sendo muito utilizada em obras de contenção, pois é uma técnica eficaz no que diz respeito ao reforço do solo em taludes naturais ou resultantes de processo de escavação. A resistência dos grampos está relacionada à mobilização do atrito na interface de contato com o solo circundante. Como os grampos trabalham predominantemente à tração, quanto maior o atrito entre os dois materiais, melhor será o desempenho do grampo. A mobilização do atrito na interface ocorre em função dos pequenos deslocamentos (de apenas alguns milímetros) entre o grampo e o material do maciço. Os grampos são muito semelhantes às ancoragens ativas (tirante), porém, sem pretensão e sem trecho livre. |
Contenções
A contenção é feita por meio da introdução de uma estrutura ou de elementos estruturais compostos, que apresentam rigidez suficiente para absorver os esforços provenientes do maciço de terra a ser arrimado e ainda limitar os deslocamentos horizontais a níveis toleráveis. Muitas vezes, essas estruturas também devem ser dimensionadas para absorver cargas verticais provenientes dos pilares e lajes da edificação que venham se apoiar nelas. |
Concreto Projetado
É cada vez mais frequente o uso de concreto projetado em vários tipos de obras de contenção (cortina de estacas, solo grampeado, aterro reforçado, entre outros) e, também, em obras de proteção superficial de taludes contra erosões, vez que possui elevada resistência inicial e não requer a utilização de fôrmas. Trata-se de uma mistura de areia, pedrisco, cimento, água e aditivos com dimensão máxima dos agregados inferior a 4,8 mm, que é transportada por uma tubulação (mangote) e projetada com uso de ar comprimido sobre uma superfície a ser protegida. Constantemente, o concreto projetado é reforçado com telas metálicas eletrossoldadas ou com a utilização de fibras de aços ou poliméricas, conforme a especificação de projeto. Existem dois processos de projeção do concreto. Na Figura 21 está representado o processo por via seca, em que o aglomerante e os agregados são misturados e lançados no equipamento de projeção, e a água é introduzida em seu bico. A Figura 22 representa o processo por via úmida, em que o aglomerante, os agregados e a água são misturados previamente ao abastecimento do equipamento de projeção.
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Provas de Carga
A prova de carga estática é a técnica mais tradicional de ensaio para a determinação da capacidade de carga de estacas. No Brasil, a metodologia está normatizada pela ABNT NBR 12.131:2006 (Estacas – Prova de Carga Estática). Segundo a ABNT NBR-6122:2010 (Projeto e Execução de Fundações), em seu item 9.2.2.1 (Quantidade de provas de carga) |
Projetos Realizados
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