A prova de carga estática é a técnica mais tradicional de ensaio para a determinação da capacidade de carga de estacas. No Brasil, a metodologia está normatizada pela ABNT NBR 12.131:2006 (Estacas – Prova de Carga Estática).
Segundo a ABNT NBR-6122:2010 (Projeto e Execução de Fundações), em seu item 9.2.2.1 (Quantidade de provas de carga): Na prova de carga estática, o elemento da fundação é solicitado por um ou mais macacos hidráulicos, empregando-se um sistema de reação estável. Para tanto, é comum o uso de vigas metálicas e ancoragens embutidas no terreno, conforme é mostrado na Figura 23:
O tipo de ensaio mais comum é a prova de carga lenta que envolve a aplicação de carregamentos de compressão à estaca, em estágios crescentes da ordem de 20% da carga de trabalho, registrando-se os deslocamentos correspondentes. Neste tipo de ensaio, a medição dos esforços é feita com uma célula de carga, posicionada no topo da estaca que proporciona uma maior precisão e qualidade ao ensaio. Os deslocamentos são aferidos também no topo da estaca com o auxilio de deflectômetros digitais.
A ABNT NBR 6122:2010 prescreve que as estacas, em caso de controle de qualidade, sejam solicitadas em, no mínimo, 1,6 vez a sua carga de trabalho. Em casos de ensaios com o intuito de subsidiar ou otimizar o projeto, a norma prescreve que as estacas sejam levadas a ruptura ou a um fator de majoração de pelo menos 2 vezes a carga de trabalho prevista para as mesmas. Destaca-se, também, que é possível a realização carregamentos de tração, solicitações de importância primordial em fundações de torres, como mostra a Figura 24.